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- Oi!
-Quem? Eu?
- É! Você parece um cara comum.
- Bom, eu adoro smoothies e dirijo um Prius, se for disso que você está falando.
- Exato! Uma perguntinha rápida, Você já pensou em como que a sua vida seria diferente se você fosse gay?
- Não, nunca. Eu imagino que seria um pouco mais difícil. Não, espera, isso não é meio homofóbico? Ai meu Deus! Desculpa.
- Isto aquí é um espaço seguro, Carl.
- Meu nome é Mark.
- Dá no memo. Você tá certo. Ser gay tem lá seus desafios, mas não foi sempre assim.
- Como era com os gregos?
- Exato! A evidência mais antiga que temos de relacionamentos gays vem da Grécia antiga, mas a coisa lá era principalmente sobre homens mais velhos com rapazes mais jovens. Você sabia que o Sócrates estava no armário?
- Não, sabia não. E tampouco sabia que eles tinham armários naquela época. Então, quando foi que esta loucura toda da homofobia começou?
- A homofobia, parece, que começou na igreja durante a Alta Idade Média.
- Uau!
- E piorou mais ainda no Renascimento.
- O quê que houve?
- Bom, se você fosse exposto, vamos dizer que seria bastante ruim,
- Ah!
- Mesmo assim havia muita gente corajosa que se revoltaram.
No dia 31 de agosto, de 1512, um grupo de jovens aristocratas, vivendo em Florença, organizou o que muitos consideram a primeira manifestação pelos direitos dos homossexuais da história.
Mas isso não impediu que a homofobia migrasse para a América Colonial.
Em 1776, ser gay não era permitido em nenhuma das colônias puritanas.
- Nossa! Então, quando que as coisas começaram a mudar para melhor?
- Foi só no século XX que começamos a ver progresso.
Bares gays começaram a surgir nas principais cidades, mas estavam sempre levando blitz da polícia, porque ser gay era ilegal em todos os estados, exceto Illinois.
- Viva os Ursos do Chicago!
- Exato. Um desses bares que abriram foi o movimentado Stonewall Inn, em Nova York.
Nas primeiras horas do dia 28 de junho de 1969, tinha sido o funeral de Judy Garland no dia 27, os clientes do Stonewall Inn resolveram que não iam mais aceitar aquilo.
– E com razão.
- Então, havia essa mulher transgênero, negra, chamada Marsha P. Johnson, Ela é creditada por liderar a revolta que deu inicio ao atual movimento pelos direitos dos homossexuais, pondo o T no LGBT.
Hoje em dia, a cada novembro, os Ts e seus apoiadores celebram a “Semana de Conscientização Transgênero”.
- Que ótimo! Parece, entâo, que as coisas estavam indo bastante bem.
- É... por um tempo.
- Por um tempo? O quê que aconteceu então?
-Bom, no início dos anos 80, o mundo foi atingido pela epidemia da AIDS, e a comunidade gay foi a mais atingida.
Inicialmente, a AIDS ficou conhecida como uma doença gay. Ela foi até nomeada GRID (que significa Imuno-deficiência Relacionada aos Gays).
– Quê isso?
- É verdade!
Muita gente acha que o governo não agiu rápido suficiente porque a AIDS era considerada uma doença gay.
Então, a comunidade LGBTQ teve que lutar por si própria.
- E então, como que eles lutaram contra a AIDS?
- Eles se organizaram.
Grupos ativistas como o " ACT-UP", o "Gay Men Health Crisis",
o " Lesbian AIDS Project", e o "Names Project" foram estabelecidos e se recusavam a ser ignorados.
Esta comunidade gay recém-empoderada tinha um objetivo mor.
- Qual?
- Sair do armário. Eles achavam que o problema com a homofobia era
que as pessoas não conheciam gente que era gay e, que se mais pessoas se assumissem, seriam vistas por quem elas são e não apenas como um estereótipo.
Só que convencer as pessoas a sair do armário ainda era uma tarefa bastante difícil.
Mas as coisas ficaram um pouco mais fáceis em 1997, quando Ellen apareceu na capa da revista Time e declarou ao mundo: "Sim, eu sou gay, sim!"
Depois disso, mais e mais pessoas gays começaram a aparecer na TV e no cinema, ajudando a milhões de pessoas a se sentirem mais seguros para amarem quem quisessem.
- Uau! Que jornada! - Eu estou meio que me curtindo como gay...
- Calma, vai devagar. A gente ainda não terminou.
- Mas já viemos tão longe. Não podemos comemorar isso um pouquinho?
- Tem tempo para isso, não, Carl. Ainda tem um monte de leis para a gente mudar.
— Ah, sim. Isso tem.
- Ser gay até que era mais aceito, mas ainda havia muitos direitos que nós ainda não tinhamos.
- Porém, nós tinhamos agora algo que não tinhamos antes.
- O quê?
- Aliados
-Tem sim!
- Em 2003, Massachusetts se tornou o primeiro estado Americano a legalizar a igualdade do casamento.
E 12 anos depois, o casamento já é legalizado em todos os 50 estados, graças, em grande parte, à maioria dos americanos que o apoiaram.
E então, como você se sentiria se fosse uma pessoa gay vivendo em 2019?
- Acho que muito feliz por estar vivendo no presente, e muito grato a todos os heróis que lutaram antes de mim, e também muito esperançoso pelo futuro.
- Isto me alegra muito, porque a luta pela igualdade continua rolando.
É preciso de uma aldeia para se fazer mudanças, e nós vamos precisar da sua ajuda.
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